"♫Cristo falou comigo no toque do berimbau ♪"

                                              reco reco

 

Reco-reco (também raspador, caracaxá ou querequexé[1]) é um termo genérico que indica os idiofones cujo som é produzido por raspagem. No Brasil, a forma mais comum é constituída de um gomo de bambu ou uma pequena ripa de madeira com talhos transversais. A raspagem de uma baqueta sobre os talhos produz o som.

Outro tipo de reco-reco consiste numa caixa de metal com duas ou três molas de aço esticadas sobre o tampo, contra as quais é friccionada uma baqueta de metal. Nesse modelo, é possível utilizar-se da reverberação prolongada nas molas após a fricção ou abafá-las com a mão que segura a caixa. Em alguns modelos, a caixa possui um orifício inferior, permitindo que o instrumentista altere a reverberação interna ao tampar e destampar o orifício, semelhantemente ao que é feito com a cabaça de um berimbau.

Existem ainda diversos modelos de reco-reco, desde os mais simples, como os raladores nos quais se esfrega uma baqueta metálica, até os mais complexos, como o amelê baiano, constituído de uma pequena caixa de madeira com uma mola de aço estendida, que é friccionada por tampinhas de garrafa enfiadas em uma vareta de ferro.

No Brasil, um dos maiores especialistas nesse instrumento é o paulista Carlos Stasi, que desenvolveu pesquisa de mestrado e doutorado a respeito de reco-recos e atua como percussionista, dentre outros grupos, do Duo Ello, ao lado do percussionista Luiz Guello. [2]

 

 

 
    Conhecido também como Ganzá ou Querequexé, o Reco-Reco, segundo o novo dicionário de língua portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda, é um instrumento de percussão, que produz um ruído rascante e intermitente, quando duas partes separadas são colocadas em atrito.
Da família dos raspadores, o reco-reco encontra-se em vários países da América Latina, em Portugal e Espanha. Os índios brasileiros também o possuem.
     Diz-se que anteriormente era feito com uma cabaça com forma alongada, e depois de sofrer alguns cortes não muitos profundos, um a seguir ao outro, era friccionada por uma varinha de modo a emitir o som. 
 
 
 
    Hoje em dia o seu feitio mais conhecido é o de um gomo de bambu, que recebe o mesmo tratamento da cabaça, sendo esta característica proveniente da Bahia.
    Não se sabe ao certo quando e como o Reco-Reco foi introduzido na capoeira. No livro Raízes Musicais da Bahia, Emília Biancarde diz que o mestre João Grande, depois de consultado sobre o assunto, refere a sua introdução na bateria de capoeira após a criação das academias de Mestre Bimba e Pastinha, não se lembrando com exactidão se o mesmo estava ou não presente nas rodas do jogo, antes da criação dessas entidades.
   Instrumentos de percussão fina enriquecem um conjunto com detalhes e variedade sonora. Na Capoeira Angola, o reco-reco acrescenta esta variedade às vibrações únicas do agogô.
O reco-reco parece ter origem africana pois é encontrado em várias manifestações culturais afro-brasileiras.
      Todos os grupos humanos possuem os seus próprios instrumentos musicais, mas também encontramos intercâmbios, influências e bases comuns. "Fazedores de barulho" harmônicos, como os reco-recos e chocalhos, são encontrados em muitos grupos, associados à alegria e às ligações espirituais.
 
    Feito de gomos de bambu ou madeira, no qual abrem-se rasgos transversais, onde se passa uma vareta de madeira fazendo soar um som, antigamente não é como os de hoje, era feito com o fruto da Cabaceira, das que fossem cumpridas, então era serrado, na superfície, fazendo-se vários cortes, não muito profundos, um do lado do outro, onde era esfregado a baqueta. Hoje são feitos de gomos de Bambu ou de madeira.
 

 

 

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