"♫Cristo falou comigo no toque do berimbau ♪"

 

capoeira Angola

                                      

 

Capoeira de Angola  ou somente Angola é o estilo de capoeira mais próximo de como os negros escravos jogavam a capoeira. Caracterizada por ser mais lenta, porém rápida, movimentos furtivos executados perto do solo, como em cima, ela enfatiza as tradições da capoeira, que em sua raiz está ligada aos rituais afro-brasileiros, caracterizados pelo candomblé. Sua música é cadenciada, orgânica e ritualizada e o correto é estar sempre acompanhada por uma bateria completa de oito instrumentos, chamada de bateria de Angola.[1]

É uma manifestação da cultura popular brasileira onde coexistem aspectos normalmente compreendidos de forma segmentada pela cultura que se fez oficial, como o jogo, a dança, a mímica, a luta e a ancestralidade, unidos de forma coesa, simples e sintética. Possui suas origens em elementos da cultura de várias matizes de povos africanos que foram escravizados e mantidos em cativeiro no Brasil no século XIX, sincretizados com elementos de culturas nativas (povos indígenas) e de origem européia.[

 

 

Capoeira Angola refere-se a toda a capoeira que mantém as tradições da época anterior à da criação do estilo Regional. Em outras palavras é a capoeira mais tradicional. Existindo em diversas áreas do país desde tempos mais remotos, notadamente no Rio de Janeiro, em Salvador e em Recife, é impossível precisar onde e quando a capoeira Angola começou a tomar sua forma atual.

O nome "Angola" já começa a aparecer com os negros que vinham para o Brasil oriundos da África, embarcados no Porto de Luanda que, independente de sua origem, eram designados na chegada ao Brasil de negros de Angola. Em alguns locais a população se referia ao jogo de capoeira como brincar de Angola e, de acordo com Mestre Noronha, o Centro de Capoeira Angola Conceição da Praia, criado pela nata da capoeiragem baiana, já utilizava ilegalmente o nome capoeira Angola no início da década de 1920. [15]

O nome Angola foi finalmente imortalizado por Mestre Pastinha, ao inaugurar em 23 de fevereiro de 1941 o Centro Esportivo de capoeira Angola (CECA). Pastinha foi conhecido como grande defensor da capoeira tradicional, prestigiadíssimo por capoeiristas de renome como Mestre João Grande e Mestre Moraes. Com o tempo, diversos outros grupos de capoeira tradicional passaram a adotar o nome Angola para seus estilos.

A Angola é o estilo mais próximo de como os escravos lutavam ou jogavam a capoeira. Caracterizada por ser estratégica, com movimentos furtivos executados perto do solo ou em pé dependendo da situação a enfrentar, ela enfatiza as tradições da malícia, da malandragem e da imprevisibilidade da capoeira original. Alguns angoleiros afirmam que seu domínio é muito complicado, envolvendo não só a parte mecânica do jogo mas também características como sutileza, o subterfúgio, a dissimulação, a teatralização, a mandinga ou mesmo a brincadeira para superar o oponente.

A bateria típica em uma roda de capoeira Angola é composta por três berimbaus, dois pandeiros, um atabaque, um agogô e um ganzuá

 

 

 

 

 

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