"♫Cristo falou comigo no toque do berimbau ♪"
Este é o site oficial do mestre Brizola. Desenvolvido para divulgação do trabalho que o mestre tem feito com a capoeira nos últimos vinte anos.
—————
—————
—————
—————
CURIOSIDADES
“Os escravos são as mãos e os pés do senhor do eng enho,porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente. E do modo que se há com eles,depende tê-los bons ou maus para o serviço.... E porque comumente são de nações diversas, e uns mais boçais que outros, e de forças muito diferentes, se há de fazer repartição com reparo e escolha, e não às cegas. Os que vêm para o Brasil são Ardas, Minas, Congos, de São Tomé, de Angola, de Cabo Verde e alguns de Moçambique, que vêm das naus da Índia. Os Ardas e os Minas são robustos. Os de Cabo Verde e de São Tomé são mais fracos. Os de Angola, criados em Luanda, são mais capazes de aprender ofícios mecânicos que os das outras partes já nomeadas. Entre os Congos há também alguns bastantemente industriosos e bons, não somente para o serviço da cana mas para a oficina e o meneio da casa...”
(André João Antonil)
Agudás são comunidades de escravos libertos no Brasil (afro-brasileiros) e retornados ao Benim, África. Numerosos, esses "brasileiros" estabeleceram-se na região da antiga costa dos Escravos - que abrangia todo o golfo de Benim, indo da atual cidade de Lagos, na Nigéria, até Acra, em Gana - entre os séculos XVIII e XIX.[1]
Milton Guran em seu livro Agudás – os “brasileiros” do Benin resume: "Os “brasileiros” do Benim, Togo e Nigéria, também conhecidos como agudás, nas línguas locais, são descendentes dos antigos escravos do Brasil que retornaram à África durante o século XIX e dos comerciantes baianos lá estabelecidos nos séculos XVIII e XIX. Possuem nomes de família como Souza, Silva, Almeida, entre outros, festejam Nosso Senhor do Bonfim, dançam a burrinha (uma forma arcaica do bumba-meu-boi), fazem desfiles de Carnaval e se reúnem frequentemente em torno de uma feijoadá ou de um kousidou. Ainda hoje é comum os agudás mais velhos se cumprimentarem com um sonoro “Bom dia, como passou?” “Bem, ‘brigado’” é a resposta."